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Aposto
que você ouviu, ao menos uma vez, o termo “Inovação aberta”. Mas o que é
exatamente isso? É mais um termo para “gerenciamento da cadeia de suprimentos”?
Vale a pena implementar? Se sim, quais são os benefícios dela? Isso é restrito
a empresas de tecnologia ou pode ser implementado em qualquer organização?
Esse
termo foi cunhado por um professor da Universidade de Berkeley (EUA), Henry
Chesbrough. Ele analisou o comportamento das grandes corporações estadunidenses
ao longo do século XX e identificou que essas pouco ou nada compartilhavam as
ideias com stakeholders (com destaque para os usuários e os fornecedores) e
buscavam pouquíssima cooperação no processo de inovação, sendo restrito
basicamente ao departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). “Nós
detemos os melhores talentos e, portanto, nossas ideias são as melhores” é um
pensamento característico das empresas que optam pela “Inovação fechada” (qualquer
semelhança ao pensamento de alguns “líderes” de grandes organizações brasileiras
é mero acaso).
Entretanto,
nas últimas duas décadas pudemos perceber:
· Disseminação do
conhecimento através de ferramentas online;
·
Globalização da
pesquisa e da tecnologia, com o estabelecimento de centros de excelência em
diversos lugares no mundo, rompendo a hegemonia de “criação do conhecimento” no
eixo EUA-Europa-Japão;
·
Mobilidade de mão-de-obra,
possibilitando que o processo de inovação ocorra em qualquer lugar;
·
Rápido
desenvolvimento de novos conhecimentos, fazendo com que possuir talentos humanos
de todas as áreas se tornasse basicamente inviável.
Com
essas mudanças no cenário, nem sempre as melhores ideias surgem dentro da
organização e, se surgirem, não necessariamente a melhor opção seja adquirir os
talentos necessários (a depender da cultura da organização, a inovação pode não
ser desenvolvida na velocidade esperada ou mesmo a solução inicialmente
almejada pode morrer). Então, o que fazer?
A
inovação aberta é exatamente a resposta proposta pelo Professor da Berkeley e
complementada por mais estudiosos. Esse é um framework em que você une
as ideias internas com as externas, acelerando o ritmo de inovações da
organização, tornando-a cada vez mais competitiva, sejam em produtos, serviços
ou mesmo em processos internos. Essa maneira, ou a chamemos aqui de
“filosofia”, de inovar propõe até que a organização torne pública, através de
licenças, spin-off e afins, inovações internas que não estejam sendo utilizada
de modo maximizado.
Mas
que maneiras uma organização pode aplicar essa filosofia? Abaixo, respondemos a
esse questionamento de modo não exaustivo e você pode encontrar a melhor
maneira para a sua própria organização!
·
Hackhaton: altamente provável que você tenha ouvido
falar sobre esse “método”. A ideia é que seja, depois de identificado um
desafio interno (ou do mercado) em específico, como exemplo “classificação
fiscal”, a corporação organize um evento em formato de maratona (de 48h a 72h,
normalmente) no qual reúna programadores e arquitetos de solução, onde esses desenvolvam
possíveis soluções “iniciais” (quase um MVP) para aquele problema em
específico. Esse formato pode ser aplicado junto a uma universidade ou não.
·
Crowdsourcing: não, não erramos na palavra! Não queríamos
escrever crowdfunding, apesar de que isso nos serve bastante para
explicar esse método. Esse último tem como intuito arrecadar uma certa
quantidade de dinheiro para que um projeto se torne realidade. No caso do crowdsourcing,
a organização estrutura um canal de comunicação junto aos clientes para que esses
deem ideias sobre um determinado projeto. Como exemplo, a FIAT tem um canal de
comunicação para quem deseje responder à pergunta “como você imagina um carro
ideal para o brasileiro?”. Ou seja, esse método é uma fonte contínua de ideias.
·
Programas
com startups: talvez seja o
formato mais clássico da filosofia de Open Innovation. São programas que buscam
identificar startups com potencial de tornar a corporação mais competitiva. A
startup tem autonomia e se conecta, através de um contrato, à empresa. Essa
autonomia é importante porque esses projetos normalmente são “não tradicionais”
para a grande corporação. Natura, Basf, Andrade Gutierrez e Porto Seguro são
quatro exemplos executados com maestria no Brasil. E a Aceleradora 4Comex?
Também nos encaixamos nesse método!
· Programas de ideias com clientes e fornecedores (cocriação): basicamente uma construção compartilhada de uma solução para um determinado desafio que foi previamente levantado como grupo. Nesse método, a equipe de inovação convidará os stakeholders internos e externos para que, juntos, mapeiem com maior profundidade o problema e, então, proponham uma solução. Acesso a dados e possuir a visão holística da questão são dois tópicos fundamentais para esse método. Workshops e grupos focais, ou mesmo ferramentas online especializadas para a recepção das ideias desses clientes e fornecedores, são necessários para a aplicação desse método.
E o que a corporação tem a
ganhar com a implementação dessa filosofia? Gostaríamos apenas de mencionar os
benefícios, sem explorá-los, da Inovação Aberta:
·
Impacto na
cultura interna, sendo um reforço positivo em direção à Transformação Digital e
a um ambiente mais inovador;
·
Identificação de
novos talentos no mercado;
·
Percepção da
necessidade de desenvolvimento (ou aquisição) de novas competências;
·
Maior valor
agregado nos produtos e ou nos serviços;
·
Mitigação de
riscos, ao passo que a organização identifica rapidamente as inovações que
surgem no mercado.
Além disso, a organização
fica mais próximo a atingir a “inovação disruptiva”, tão almejada pelo mercado.
Para implementar a Inovação
Aberta, os líderes não podem se esquecer que essa filosofia de inovação aberta
possui valores extremamente fortes que precisam permear a organização:
·
Conexão e
desenvolvimento
·
Cooperação
·
Colaboração em
rede
·
Estabelecimento
de parcerias
A partir dos valores da
inovação aberta, gostaríamos de esclarecer que o processo colaborativo não está
relacionado a “código aberto” ou mesmo “doar uma ideia com fins filantrópicos”.
Inovação aberta é uma maneira de troca de conhecimentos, com base em algum tipo
de contrato, entre duas ou mais empresas. O termo “aberta” é simplesmente para
se contrapor ao que era o modelo vigente, de inovação única e exclusivamente
dentro do ambiente da empresa.
Talvez, tenha ficado apenas
uma pergunta inicial a responder de modo direto e claro: qualquer empresa pode
implementar a inovação aberta! Veja os exemplos dados ao longo desse texto!
Quem diria que até na área de comércio exterior teríamos esse modelo sendo
aplicado!
Num mundo de evolução tão
rápida, conhecimento sendo criado em todos os continentes, dados e informações
sendo processados numa velocidade assombrosa, parece-nos que a inovação aberta
e toda a filosofia de colaboração é um caminho irreversível para as corporações
que desejam se manter no topo.
Estamos ansiosos em cooperar
com vocês nesse processo de inovação do ecossistema de comércio exterior
brasileiro!
Artigo escrito por Yuri da Cunha Ferreira
Especialista em Comex e Analista de
negócios da Aceleradora 4Comex
A Columbia Trading é uma empresa atuante no ramo logístico e trading no Brasil, parte de um grupo líder mundial em operações de Trading de Commodities Agrícolas, é prestigiada por ser uma das empresas mais éticas e responsáveis. Pautam a experiência do usuário (UX) como ponto chave para o sucesso. Em 20 anos de existência, especializaram-se em soluções para Comércio Exterior, além de possibilitar um processo mais otimizado de importação e exportação aos seus clientes. Veja mais:
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